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A batalha contra a culpa e a autocrítica

A depressão muitas vezes traz consigo sentimentos intensos de culpa e inutilidade. Esses pensamentos autocríticos podem surgir sem motivo aparente e minar a autoestima, fazendo com que a pessoa sinta que não é boa o suficiente ou que suas ações são sempre inadequadas.

Nos últimos 14 dias, você se sentiu um fardo para os outros ou teve sentimentos de culpa e inutilidade?

Pergunta 1 de 10

Os sentimentos de culpa e inutilidade são mais do que apenas uma fase ruim. Quando esses pensamentos se tornam recorrentes, eles começam a distorcer a forma como a pessoa vê a si mesma e o mundo ao seu redor. A depressão faz com que pequenas falhas ou contratempos pareçam enormes, levando a uma sensação constante de fracasso, mesmo em situações que não merecem tal julgamento.

É comum que pessoas com depressão se sintam um fardo para seus familiares e amigos, o que acaba levando a um isolamento ainda maior. Essa sensação de não ser “bom o suficiente” pode se tornar tão avassaladora que a pessoa começa a evitar atividades sociais, afazeres diários e até mesmo a busca por ajuda.

O ciclo é cruel: quanto mais a pessoa se sente inútil ou culpada, mais ela se isola e mais difícil fica perceber o valor que realmente tem. Quebrar esse ciclo exige um esforço consciente e, muitas vezes, apoio externo.

Você sabia?

Segundo a Associação Americana de Psiquiatria, cerca de 70% das pessoas com depressão apresentam sentimentos de culpa e inutilidade. Essas emoções são alimentadas pela tendência de focar apenas nos aspectos negativos da vida, ignorando as conquistas e qualidades positivas.

O escritor e filósofo brasileiro Rubem Alves já abordou em seus textos a questão do valor pessoal, ressaltando que muitas vezes o ser humano tem dificuldade em reconhecer sua própria importância. Ele afirmava que a autocrítica exagerada é uma das armadilhas mais cruéis que podemos construir para nós mesmos.

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